Colónia Agrícola de Martim Rei

Autor não identificado, sem data Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei) Ministério da Agricultura - GPP

Autor não identificado, sem data Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei) Ministério da Agricultura - GPP

Autor não identificado, sem data Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei) Ministério da Agricultura - GPP

Autor não identificado, sem data Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei) Ministério da Agricultura - GPP

Fotografia de Flavio Spaziani, Junho 2021 Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei)

Fotografia de Flavio Spaziani, Junho 2021 Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei)

Fotografia de Flavio Spaziani, Junho 2021 Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei)

Fotografia de Flavio Spaziani, Junho 2021 Martim Rei, Sabugal (Colónia Agrícola de Martim Rei)
Implantada no concelho do Sabugal, junto à Serra da Malcata, a Colónia Agrícola de Martim Rei desenvolve-se em terrenos baldios que pertenciam a aldeias vizinhas. Neste caso, a JCI recebeu um processo que já estava em curso. Os descontentamentos de centenas de habitantes dessas velhas aldeias, que ficavam privados do acesso a esses terrenos comuns, levaram a JCI a reformular o projeto inicial, reduzindo de 78 para 39 o número de casais a construir nos terrenos mais a Norte.
Em meados de 1943, ficou concluída a construção dos primeiros 28 casais e os restantes surgiram nos inícios de 1944. Em 1945, contavam-se 231 habitantes, ocupando 39 casais. Nas décadas seguintes, à semelhança do que se verificou por todas as zonas rurais, o despovoamento e a reorganização familiar afetaram igualmente esta colónia.
Os edifícios habitacionais de Martim Rei aproximam-se dos da Colónia Agrícola dos Milagres, construídos pouco antes, da autoria do mesmo Agente Técnico de Construção, Dâmaso Constantino. Mas, desta vez, com um conjunto de 3 edifícios geminados: a habitação e os anexos agrícolas articulados por um pátio, que passa a ser coberto. Atualmente, os edifícios que não estão abandonados, passaram quase sempre a incluir no espaço interior da habitação o que antes eram os anexos agrícolas e o pátio coberto. Muitos ergueram muros e vedações, assumindo o conjunto como pequenas quintas.
Nesta colónia, cada casal recebeu em média 9.6 hectares (7.2 ha agrícolas, 2.3 ha florestais). Os técnicos da JCI visavam promover os cultivos que já eram habituais (batata, centeio e milho), combinados com forraginosas (tremoço, plantas pratenses, trevo encarnado, garroba, serradela e nabos). Trata-se de uma agricultura marcada pelo sequeiro, apoiada nos rendimentos da pecuária.
Entre as décadas de 1930 e 1940, a colónia contou com diversos equipamentos coletivos, como instalações para a assistência técnica, fornos, capela, escola, chafariz e um cruzeiro. Na década de 1950 surgiram a adega e o ovil. A maior parte destes equipamentos concentram-se nas proximidades do cruzamento da estrada da colónia com a que liga Sabugal e Quadrazais. Depois de anos de quase abandono, a maior parte dos equipamentos coletivos estão a ser utilizados, ainda que possam ter sido reconvertidos. A exceção mais visível é a adega monumental, que está em ruínas. A zona continua a ser referenciada como a Colónia Agrícola de Martim Rei.